O Itaú BBA adotou uma postura cautelosa em relação ao setor financeiro, destacando a crescente pressão sobre a atividade econômica. O banco rebaixou a ação do Bradesco (BBDC4) de compra para venda, com preço-alvo de R$ 14, devido à expectativa de um crescimento mais lento nos lucros e um cenário de maior incerteza. Embora o Bradesco tenha resultados razoáveis no 4T24, com lucro projetado de R$ 5,5 bilhões e ROE de 13%, a revisão para a margem financeira líquida e o aumento das despesas com tecnologia impactam negativamente a avaliação. Por outro lado, o BTG (BPAC11) se mostra promissor, com a expectativa de lucros sólidos e um desempenho robusto em suas divisões de clientes e empréstimos corporativos. O BBA elevou seu preço-alvo de R$ 35 para R$ 38, destacando o banco como uma das principais apostas para 2025.
Em relação aos principais bancos do Brasil, o JPMorgan manteve sua recomendação de compra para Itaú (ITUB4) com preço-alvo de R$ 39, devido ao seu alto rendimento de dividendos e posição favorável no contexto econômico desafiador. O Banco do Brasil (BBAS3) também recebeu uma recomendação positiva, com preço-alvo de R$ 31, refletindo a expectativa de benefícios da Selic elevada e o impacto positivo no agronegócio. Já o Santander (SANB11), embora exposto à alta da Selic, foi avaliado de forma mais favorável que o Bradesco, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 32.
Outros bancos também foram avaliados de forma divergente. O BBA manteve uma recomendação neutra para o Nubank (ROXO34), com preço-alvo de R$ 13, devido à avaliação de 22 vezes P/L. No entanto, o Banco Inter (INBR32) segue como uma das principais apostas do BBA no segmento de small caps, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 7, apoiado pelo bom desempenho operacional e perspectivas de crescimento acelerado na carteira de empréstimos. A análise do cenário reflete uma postura estratégica em que a qualidade das operações prevalece sobre a busca por valor imediato.