Nesta semana, os bancos começam a aplicar o novo limite para o crédito consignado do INSS, com a taxa de juros subindo de 1,66% para 1,80% ao mês. A medida foi definida pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) com base na taxa Selic e em dados do INSS e Dataprev. O crédito consignado é visto como de baixo risco, uma vez que as parcelas são descontadas diretamente da aposentadoria ou pensão do beneficiário. A taxa de 1,80% ao mês representa uma taxa anual de 23,87%, que está 11,62% acima da Selic atual, de 12,25% ao ano.
Atualmente, 78 instituições financeiras estão habilitadas a oferecer essa modalidade de crédito, podendo estabelecer suas próprias taxas dentro do limite de 1,80%. O volume total do crédito consignado do INSS ultrapassa R$ 268 bilhões, representando 40% do total dessa modalidade no Brasil. Os beneficiários podem comprometer até 45% de seus rendimentos com empréstimos, sendo 35% para empréstimos pessoais, 5% para cartões de crédito consignado e 5% para cartões de benefício. O prazo para a quitação dos empréstimos pode ser de até 84 meses.
A partir de 2025, os segurados do INSS poderão solicitar empréstimos em qualquer instituição financeira, não estando mais restritos às entidades onde recebem seus benefícios. O desbloqueio da margem consignável, no entanto, poderá levar até 90 dias nas instituições fora do banco de origem do pagamento. Os segurados devem acessar o Meu INSS para verificar informações sobre seus empréstimos ativos e a margem disponível, além de estarem atentos a possíveis fraudes ao solicitar crédito.