O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou nesta segunda-feira, 13, que a instituição não alterou sua abordagem em relação à condução da política cambial. O principal objetivo das intervenções, incluindo as realizadas em dezembro, é evitar disfuncionalidades na taxa de câmbio, com a política se mantendo consistente ao longo do tempo. Guillen enfatizou que não houve mudanças na forma de gerenciar o câmbio, e que as ações visam prevenir distúrbios no mercado de câmbio.
Em dezembro de 2024, o Banco Central realizou uma intervenção histórica ao injetar US$ 21,575 bilhões no mercado de câmbio por meio de leilões à vista de dólares, o que representou a maior operação já registrada desde a adoção do regime de câmbio flutuante em 1999. Esse movimento foi parte da estratégia do Banco Central para combater o impacto da sazonalidade negativa comum no final do ano, agravada por uma saída maior de dólares do que o usual.
O fluxo cambial de dezembro foi negativo em US$ 26,410 bilhões, registrando o pior valor da série histórica do Banco Central. Além disso, o fluxo financeiro também apresentou números negativos, com uma saída líquida de US$ 28,861 bilhões, destacando-se como a maior fuga de capital já observada desde o início da série.