O Banco Central do Brasil aumentou a taxa Selic pela quarta vez seguida, elevando-a para 13,25% ao ano, em uma tentativa de controlar a inflação persistente e a incerteza fiscal. A medida ocorre em um cenário de alta dos preços, impulsionados principalmente pelos alimentos e combustíveis, além da pressão externa causada pela política econômica dos Estados Unidos. O Comitê de Política Monetária (Copom) prevê que a inflação se mantenha acima da meta de 3% nos próximos anos, o que justifica a manutenção da política de juros altos.
Esse cenário de juros elevados afeta diretamente a vida dos consumidores brasileiros, com o aumento do custo do crédito e uma menor oferta de financiamentos. O efeito colateral é uma queda no poder de compra das famílias, que tendem a limitar seus gastos. Além disso, as pessoas que já possuem dívidas com juros pós-fixados enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos, o que pode resultar em maior inadimplência.
Especialistas acreditam que para que o ciclo de aumento de juros seja interrompido, a inflação precisa começar a desacelerar e as expectativas econômicas devem se estabilizar. A clareza sobre os impactos das políticas internas e externas, como a postura do governo dos Estados Unidos, também será crucial para uma possível redução na taxa de juros no futuro próximo. O controle das contas públicas e a estabilidade fiscal são apontados como fatores determinantes para evitar que os juros continuem em alta.