O Banco Central Europeu (BCE) realizou o quinto corte de juros desde junho, mantendo a possibilidade de mais reduções, diante das preocupações com o crescimento econômico da zona do euro. A inflação, embora ainda esteja acima da meta de 2%, apresenta sinais de desaceleração, o que permite ao BCE priorizar o estímulo à economia. A decisão reflete a expectativa de que a recuperação da inflação está em andamento e que a redução dos salários pode ajudar a conter os preços no mercado interno.
Apesar da desaceleração econômica no último trimestre, com uma recessão industrial e baixo consumo, o BCE não descarta mais cortes de juros. A política monetária deve continuar a ser afrouxada, mesmo com a expectativa de uma pausa nas altas de juros nos Estados Unidos, após a decisão do Federal Reserve de manter sua taxa inalterada. A inflação, que subiu 2,4% em dezembro, ainda não atingiu a meta do BCE, mas a desaceleração dos salários e os preços do petróleo em queda oferecem uma perspectiva mais controlada.
O BCE se mostrou cauteloso quanto aos riscos vindos do comércio internacional, especialmente das ameaças de tarifas dos Estados Unidos. Embora a presidente do BCE, Christine Lagarde, provavelmente evite se comprometer explicitamente com mais cortes, ela reforçará que a política monetária continuará a ser conduzida de forma gradual, com o objetivo de apoiar a recuperação econômica da zona do euro.