O Banco Central revisou suas previsões para a inflação de 2025, elevando a expectativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 5,2%. Essa revisão foi anunciada após o Comitê de Política Monetária (Copom) identificar uma pressão contínua sobre os preços devido à atividade econômica robusta e ao mercado de trabalho aquecido. Em dezembro de 2024, a estimativa era de uma alta de 4,5%. O BC também apontou que o cenário atual exige uma política monetária mais restritiva para conter a inflação, o que levou à elevação da taxa Selic para 13,25%.
Além disso, o Copom observou que, apesar dos esforços para controlar a inflação, as expectativas continuam desancoradas e as projeções de inflação se mantêm elevadas. O IPCA já havia superado a meta de 4,5% em 2024, com uma alta de 4,83%, o que gerou explicações por parte do BC ao Ministério da Fazenda. Fatores como o câmbio, o ritmo de crescimento econômico e aspectos climáticos também impactaram os números, conforme a carta enviada pelo presidente da autoridade monetária.
Apesar do esforço do Banco Central para alcançar a meta de 3% de inflação, o mercado está mais pessimista, com previsões apontando uma taxa de 5,5% para o final de 2025, conforme o boletim Focus. O Copom indicou que a inflação deve se manter acima de 4,5% até o terceiro trimestre deste ano, com uma desaceleração posterior, embora ainda sem atingir o objetivo desejado. O cenário atual, portanto, reflete um ambiente de desafios econômicos e necessitará de ações adicionais para estabilizar os preços.