O Banco Central divulgou novas projeções econômicas indicando um cenário de inflação acima do teto da meta nos próximos anos. Para 2024, a previsão para o IPCA caiu ligeiramente, mas permanece acima da meta de 4,5%. Para 2025, a estimativa de inflação subiu para 4,99%, ainda acima do limite permitido, e para 2026, aumentou para 4,03%. A expectativa é que a política monetária seja ajustada com aumentos na taxa Selic para conter a inflação e manter o índice dentro da meta, que é de 3% a partir de 2025.
Os economistas também preveem uma alta na taxa básica de juros. Para o fim de 2025, a taxa Selic deve alcançar 15% ao ano, com projeções de 12% para 2026 e 10% para 2027. No campo do crescimento econômico, a estimativa para o PIB de 2024 foi mantida em 3,49%, enquanto para 2025 houve um pequeno ajuste para 2,02%. Essas previsões refletem o impacto de políticas fiscais e o contexto econômico global sobre o cenário interno.
Outros indicadores também foram ajustados, como o câmbio, com o dólar estimado a R$ 6 no fim de 2025. Já a balança comercial teve suas projeções de superávit levemente reduzidas para 2024 e 2025. Apesar disso, a entrada de investimentos estrangeiros diretos deve permanecer estável em US$ 70 bilhões por ano até 2025. Esses números destacam o desafio do governo em equilibrar os gastos públicos e controlar os índices econômicos em um cenário de pressões inflacionárias.