O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou em entrevista na segunda-feira, 13, que o mercado de trabalho brasileiro segue dinâmico, embora haja sinais de desaceleração nos dados de salários reais. Ele sugeriu que isso poderia ser um reflexo da inflação, ao invés de uma desaceleração nos salários em si, tema que ainda está sendo analisado. Guillen participou de uma live promovida pela Bradesco Asset, onde discutiu as possíveis repercussões da política monetária nas condições econômicas para 2025.
Durante o evento, o diretor destacou que as expectativas de inflação no Brasil estão desancoradas, alertando que a inflação está se mantendo acima das metas estabelecidas. Embora a atividade interna mostre certa dinâmica, Guillen observou que alguns dados mais recentes indicam uma possível desaceleração, mas ressaltou a dificuldade de interpretar esses números devido à sua alta frequência e aos desafios para sua sazonalização.
Além disso, Guillen mencionou a pressão recente sobre os preços de itens industriais, apontando que a depreciação do câmbio pode ser um fator relevante. A inflação geral e suas medidas subjacentes continuam preocupando, especialmente em um cenário de inflação ainda elevada. O diretor reforçou que, apesar dos desafios, as observações sobre o comportamento da economia continuam sendo relevantes para entender o cenário atual e suas projeções para os próximos anos.