O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que a política monetária brasileira é mais impactada por fatores internos do que externos. Embora o ambiente internacional, como as decisões do Federal Reserve e a desaceleração da economia chinesa, possam influenciar a inflação, ele destacou que o Brasil precisa focar nas questões domésticas, como a resiliência da atividade econômica, o crédito e a situação fiscal. Guillen enfatizou que esses fatores têm maior relevância nas expectativas econômicas e nos preços dos ativos no país.
No contexto internacional, Guillen apontou a incerteza sobre o futuro das políticas econômicas dos Estados Unidos, especialmente com a administração de Donald Trump, cujas medidas fiscais e de imigração ainda são incertas. Ele também mencionou que a dinâmica da inflação nos Estados Unidos é um tema relevante, uma vez que as decisões do Fed podem ser influenciadas por esses fatores, gerando um cenário de imprevisibilidade.
Outro ponto abordado foi a desaceleração econômica da China, que apresenta tanto desafios estruturais quanto conjunturais. Guillen afirmou que a forma como a China enfrentará essa desaceleração pode ter implicações para o Brasil, especialmente nas questões de comércio e crescimento global. A análise destacou a importância de se observar essas dinâmicas externas, mas sempre com uma visão crítica sobre as influências domésticas no Brasil.