O Banco Central do Brasil decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa básica de juros (Selic) para 13,25%, como parte de uma estratégia para combater a inflação persistente. Essa elevação já era esperada devido à alta da inflação e às sinalizações do Banco Central no final de 2024, que indicaram uma política monetária mais restritiva. Além disso, foi anunciado que novos aumentos na taxa de juros estão previstos para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para daqui a 40 dias. A medida gerou críticas, especialmente da indústria, que teme o impacto negativo na economia.
A elevação dos juros tem gerado um debate intenso sobre a política econômica do governo. A medida é vista como um esforço para controlar a inflação, mas ao mesmo tempo pode desacelerar ainda mais a economia, tornando o custo do crédito mais elevado e pressionando o crescimento econômico. A principal questão agora é se o governo federal, liderado pelo presidente, adotará mudanças na política fiscal, especialmente em relação aos gastos públicos, que são apontados como fatores que alimentam a inflação. Apesar das críticas, o governo não parece disposto a reduzir suas despesas no curto prazo.
Em resposta à crise econômica, o governo parece focar em estratégias como a ampliação do crédito consignado, além de tentar melhorar a comunicação oficial sobre a situação econômica. O presidente aposta na recuperação gradual da economia e espera que o cenário melhore a tempo de favorecer sua popularidade nas eleições futuras. Contudo, o caminho para um crescimento sustentável e menos dependente de investimentos públicos ainda é incerto, o que deixa o governo diante de um grande desafio político e econômico.