O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a instituição tem adotado as medidas necessárias para garantir que a inflação atinja a meta definida para os próximos anos, após o descumprimento do objetivo em 2024. Em uma carta enviada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Galípolo detalhou os principais fatores que contribuíram para o estouro da meta, que foi de 4,83%, ultrapassando o limite superior da banda de tolerância de 4,5%. Entre os fatores destacados, estão a inflação importada, o impacto da inércia do ano anterior, o hiato do produto e as expectativas de inflação.
A meta de inflação estabelecida pelo governo para 2024 era de 3%, com uma margem de tolerância que permitia uma variação entre 1,5% e 4,5%. O resultado final, acima do teto, já era antecipado pelo Banco Central desde dezembro, com a previsão de que a inflação ficasse próxima do limite superior. Apesar disso, a alta de 4,83% representa um desafio para a política monetária, que busca controlar os preços e alcançar a estabilidade econômica.
Em sua comunicação, Galípolo enfatizou que, apesar do descumprimento da meta em 2024, o Banco Central está tomando as providências necessárias para que a inflação se aproxime dos patamares estabelecidos nas metas futuras. A instituição tem monitorado de perto os fatores internos e externos que impactam a economia, adotando ajustes para garantir que a inflação se mantenha dentro das expectativas para os próximos anos. A situação também levanta discussões sobre a eficácia das ferramentas de política monetária no controle da inflação em um cenário global desafiador.