A balança comercial brasileira encerrou 2024 com um superávit de US$ 74,6 bilhões, registrando o segundo maior resultado da série histórica iniciada em 1989, apesar de uma queda de 24,6% em relação a 2023. As exportações somaram US$ 337 bilhões, recuando 0,8%, enquanto as importações atingiram US$ 262,5 bilhões, com alta de 9%. Em dezembro, o superávit mensal foi de US$ 4,8 bilhões, superando as expectativas do mercado financeiro, que previa um saldo de US$ 3,4 bilhões para o mês e US$ 73,55 bilhões para o ano.
Os setores econômicos tiveram desempenhos variados. As exportações da Agropecuária caíram 11%, o que representou uma redução de US$ 9 bilhões no acumulado do ano. Em contrapartida, a Indústria Extrativa e a Indústria de Transformação registraram crescimentos de 2,4% (US$ 1,93 bilhões) e 2,7% (US$ 4,81 bilhões), respectivamente. Por outro lado, as importações subiram significativamente nos setores de Agropecuária, com alta de 25,6% (US$ 1,15 bilhões), e de produtos da Indústria de Transformação, que cresceram 9,3% (US$ 20,4 bilhões).
O comércio exterior brasileiro totalizou US$ 599,5 bilhões em 2024, um aumento de 3,3% em relação ao ano anterior. No entanto, dezembro registrou uma queda de 13,5% nas exportações, com destaque negativo para os setores de Agropecuária e Indústria Extrativa, enquanto as importações subiram 3,3%, refletindo mudanças na dinâmica do mercado. Esses dados demonstram a resiliência do comércio exterior brasileiro, mesmo diante de desafios econômicos e variações setoriais.