Em 2024, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 74,6 bilhões, embora tenha sido 24,6% inferior ao recorde do ano anterior. As exportações totais somaram US$ 337 bilhões, uma leve queda de 0,8% em relação a 2023, enquanto as importações cresceram 9%, totalizando US$ 262,5 bilhões. A indústria da Transformação se destacou, alcançando um recorde de US$ 181,9 bilhões em exportações, com crescimento de 2,7% em comparação ao ano anterior, embora o setor tenha registrado um déficit de US$ 56,9 bilhões. O aumento nas vendas foi impulsionado principalmente pelos bens de consumo não duráveis, como alimentos e bebidas, que representaram 36,6% das exportações industriais.
O setor de alimentos foi o principal responsável pelo desempenho positivo, com exportações de US$ 66,5 bilhões, 6,5% a mais do que em 2023. A expansão das vendas de produtos como açúcares, melaços e carne bovina foi significativa, especialmente para mercados como Indonésia, Emirados Árabes Unidos e China. Outros produtos como celulose, aeronaves e veículos também apresentaram bons resultados. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) ressaltou a importância das exportações industriais para o fortalecimento da competitividade do Brasil, destacando que setores como alimentos, metalurgia e veículos responderam por mais da metade das exportações da indústria de transformação.
Embora o aumento das importações tenha superado o crescimento das exportações, o Brasil manteve uma posição de destaque no comércio global. As importações foram dominadas por bens intermediários e de capital, refletindo o bom desempenho da produção interna. Os principais parceiros comerciais continuaram os mesmos, com os Estados Unidos liderando as exportações brasileiras, seguidos pela União Europeia, Mercosul, China e México. Em contrapartida, a China foi o maior fornecedor de produtos importados pelo Brasil, seguida pela União Europeia e Estados Unidos.