A Azul Linhas Aéreas anunciou que suspenderá suas operações em 12 cidades brasileiras a partir de março, devido a uma combinação de fatores econômicos e operacionais. Entre as razões destacadas pela empresa estão a alta dos custos operacionais, a escassez global de peças e motores, e a desvalorização do real frente ao dólar. O CEO da companhia, John Rodgerson, explicou que a alocação de recursos será feita de maneira mais eficiente, priorizando rotas mais lucrativas, e que as cidades afetadas serão comunicadas antecipadamente e terão suporte conforme as normas da ANAC.
Além disso, a empresa continuará sua expansão no Brasil, mesmo com a redução do número de rotas. Embora o fechamento de algumas rotas esteja relacionado principalmente à demanda, a Azul segue fortalecendo sua presença em diversas regiões, com ênfase em grandes hubs como Campinas, Recife e Belo Horizonte. Rodgerson também abordou o impacto dos processos judiciais contra o setor aéreo, afirmando que, além das questões econômicas, esses processos dificultam o crescimento sustentável das companhias no Brasil.
A Azul também anunciou readequações em algumas operações, como o ajuste nos voos para Fernando de Noronha e Juazeiro do Norte, e a alteração nas rotas em Caruaru. A companhia esclareceu que está constantemente reavaliando suas operações para atender à demanda e otimizar sua capacidade, destacando que a suspensão de voos em determinadas cidades não afetará o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, que continua a ser um hub importante para a empresa.