No sábado (25), um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Manaus com 158 deportados dos Estados Unidos, dos quais 88 eram brasileiros. A aeronave foi enviada após problemas técnicos no voo inicial, que deveria conectar Manaus a Belo Horizonte, mas foi cancelado devido à necessidade de manutenção. O grupo de deportados havia dormido no aeroporto de Manaus na noite anterior e recebeu alimentação e cuidados enquanto aguardava a solução do problema. A aeronave da FAB, que pousou em Manaus por volta das 14h25, partiu em direção ao Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, e estava prevista para chegar às 21h (horário de Brasília).
O incidente envolveu deportados que, inicialmente, estavam algemados e com os pés acorrentados a bordo da aeronave. A situação gerou uma intervenção do Ministério da Justiça, que não autorizou a continuidade do uso das algemas dentro do território brasileiro, sendo esta uma questão de soberania nacional. A decisão foi apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que autorizou o envio da aeronave militar para garantir o transporte seguro e adequado dos deportados até o Brasil.
A operação de deportação dos Estados Unidos, que inclui um número considerável de imigrantes ilegais, está sendo conduzida no contexto de uma política mais rígida de imigração. Embora o voo tenha sido o primeiro enviado após a posse do presidente Joe Biden, há possibilidades de que alguns deportados tenham sido detidos ainda durante a administração anterior. Em meio a dificuldades técnicas com o avião, houve relatos de desconforto entre os passageiros e problemas logísticos no desembarque, o que levou a mais uma rodada de manutenção no equipamento.