No sábado (25), um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) partiu de Manaus com destino a Belo Horizonte, transportando deportados dos Estados Unidos. A aeronave substituiu o voo original, que seria operado por outra companhia, mas foi cancelado devido a problemas técnicos em Manaus. O voo da FAB teve como passageiros 158 deportados, dos quais 88 eram brasileiros. A operação foi marcada por imprevistos, incluindo uma manutenção de emergência que fez com que o voo partisse mais tarde que o previsto.
Durante o processo de embarque, os deportados passaram a noite em um espaço improvisado no aeroporto, onde receberam alimentos e colchões para dormir. Eles foram inicialmente mantidos algemados e com os pés acorrentados pelos oficiais americanos, mas a medida foi contestada pelas autoridades brasileiras, que garantiram que os deportados fossem tratados como cidadãos livres no território nacional. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou o fim do uso das algemas no Brasil.
Este voo é o primeiro desde a posse do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a transportar deportados diretamente para o Brasil. A operação ocorre no contexto de políticas de imigração mais rigorosas promovidas pela administração Trump, que começaram a ser implementadas ainda sob seu governo. A missão também contou com a presença de profissionais de saúde para acompanhar os deportados durante o trajeto até o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, onde devem chegar por volta das 21h (horário de Brasília).