O movimento de adesão à agenda ESG tem levado investidores a redirecionar seus focos, concentrando-se em grandes temáticas, como clima, diversidade e governança, em vez de produtos específicos. Especialistas apontam que, apesar de ser um conceito abrangente, a implementação real de práticas ESG ainda enfrenta desafios, com muitos investidores se concentrando em causas mais específicas. A partir de 2025, as oportunidades de investimento devem se concentrar na transição energética, aumento da demanda por energia devido à inteligência artificial, e governança corporativa, especialmente em preparação para a COP30, a conferência climática das Nações Unidas que ocorrerá no Brasil.
A transição para fontes de energia limpa ganha destaque, com investimentos em energia renovável já superando os aplicados em combustíveis fósseis. Países como a China lideram esses investimentos, mas o Brasil também se posiciona como um hub de soluções, especialmente em projetos de eficiência energética, armazenamento e infraestrutura. Além disso, o país possui grande potencial na produção de hidrogênio verde, biocombustíveis e produtos de baixo carbono, como alumínio e aço, que são relevantes para a economia global de baixo carbono.
A governança corporativa, embora um tema antigo, continua a ser um fator de grande interesse, com investidores institucionais buscando influenciar as práticas das empresas, especialmente através de adesões a iniciativas como os Princípios para Investimentos Responsáveis (PRI). A expectativa para os próximos anos é que as empresas revisem e cumpram seus compromissos ESG, com 2025 sendo considerado um ano-chave para avaliar o progresso e a responsabilidade assumida por organizações em suas metas ambientais e sociais.