As autoridades da Coreia do Sul tentaram, pela segunda vez, prender o presidente Yoon Suk Yeol para interrogatório sobre sua breve declaração de lei marcial, realizada no mês anterior. Equipes do Escritório de Investigação de Corrupção (CIO), com o apoio da polícia e do Ministério da Defesa, chegaram à residência oficial do presidente para cumprir o mandado, mas, assim como na primeira tentativa, Yoon permaneceu em sua residência fortificada, cercado por agentes do Serviço de Segurança Presidencial.
A declaração de lei marcial feita por Yoon em dezembro gerou forte reação pública e política. Em um discurso surpresa, o presidente afirmou que a medida seria necessária para enfrentar o que considerou uma paralisia do governo causada pelos legisladores da oposição. Contudo, a Assembleia Nacional reverteu a decisão em poucas horas, e a medida revivou memórias do período autoritário no país. O impasse político gerado pela situação culminou no impeachment de outros líderes políticos, como o primeiro-ministro e o presidente interino.
Yoon é alvo de diversas investigações, incluindo acusações de envolvimento em um possível levante. A tentativa de prisão do presidente ocorre em um contexto de crescente instabilidade política no país, com confrontos envolvendo autoridades e forças de segurança. A situação continua a gerar um clima de incerteza, enquanto o país atravessa um período de turbulência política.