O ex-presidente da Coreia do Sul foi indiciado por insurreição após decretar uma lei marcial em dezembro, que restringia direitos civis e ameaçava fechar o parlamento. Embora a lei tenha sido derrubada poucas horas depois de ser imposta, a ação gerou um grande impacto político, com várias autoridades sendo acusadas de envolvimento em um suposto movimento insurrecional. A insurreição é uma das poucas acusações criminais que não goza de imunidade presidencial no país, sendo passível de punição severa, como prisão perpétua ou até a morte, embora execuções não ocorram na Coreia do Sul há décadas.
O ex-líder, que está detido desde o dia 15 de janeiro, enfrenta um processo jurídico grave, com investigações em andamento sobre seu papel na tentativa de subverter a ordem política. A prisão ocorreu após tentativas frustradas de resistir às acusações, sendo mantido em confinamento solitário. Além disso, a turbulência política se estendeu a outros membros do governo, incluindo o primeiro-ministro e oficiais militares, que também foram indiciados por seus supostos envolvimentos.
A situação desencadeou uma crise institucional em um dos países mais poderosos da Ásia e aliado dos Estados Unidos. Com o ex-presidente afastado de suas funções em 14 de dezembro, o caso continua sendo um dos maiores desafios políticos para o governo e para o sistema judicial da Coreia do Sul, que lida com questões de corrupção e abuso de poder, enquanto o gabinete do promotor ainda não se pronunciou oficialmente sobre os desdobramentos do caso.