A Autoridade do Canal do Panamá reiterou em uma carta aos seus funcionários, enviada na terça-feira (28), a posição de que a gestão da via interoceânica é completamente panamenha. O comunicado, assinado por Ricaurte Vásquez Morales, administrador do canal, destaca a importância do trabalho em equipe e do compromisso com o Panamá e o comércio global. A carta reforça a excelência do trabalho realizado pela instituição, com um foco em manter o compromisso de seus mais de 8,5 mil colaboradores.
A declaração ocorre após sugestões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que os EUA poderiam retomar o controle do Canal do Panamá, uma medida que foi descartada pelo governo panamenho. Trump também levantou a possibilidade de uma ação militar e acusou interferência chinesa na região, alegações que foram prontamente rejeitadas tanto pelo presidente do Panamá quanto pelo Ministério das Relações Exteriores da China.
Diplomatas e especialistas em relações internacionais consideram improvável a retomada do controle do Canal pelos Estados Unidos, dada a relevância histórica do tratado de 1977, que resultou na transferência de sua administração para o Panamá em 1999. O incidente reacende discussões sobre a soberania do Panamá e seu papel estratégico no comércio global.