O aluguel de imóveis em seis grandes capitais brasileiras aumentou entre 10% e 15% em 2024, refletindo uma alta contínua nos preços do mercado imobiliário. De acordo com um levantamento do QuintoAndar, em mais de 50% dos bairros das capitais analisadas, o valor de R$ 2 mil não é suficiente para cobrir o aluguel de um imóvel de 50 metros quadrados ou mais. A pesquisa abrangeu 247 bairros em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, e os dados mostram que, apesar de uma desaceleração em relação ao ano anterior, os preços ainda seguem em alta, principalmente em áreas mais valorizadas.
Especialistas explicam que o aumento dos preços dos aluguéis está atrelado a vários fatores, como o aumento nos custos de construção, as mudanças nas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal e a recuperação econômica do país após a pandemia. A demanda por aluguéis tem sido impulsionada pela restrição do crédito imobiliário e pela dificuldade de acesso ao financiamento, o que tem levado muitas pessoas a recorrerem ao aluguel, especialmente nas classes média e alta, que não conseguem acessar programas como o Minha Casa, Minha Vida.
Para 2025, a expectativa é que os preços continuem subindo, mas de forma mais moderada, devido à alta dos juros e à restrição de crédito. Os três primeiros meses do ano tendem a apresentar um aumento sazonal, impulsionado pela renovação de contratos de aluguel. Com o cenário de alta dos custos e a continuidade da demanda aquecida, a perspectiva é que o mercado imobiliário siga pressionado pela oferta e pela procura, especialmente nas grandes cidades.