Com a proximidade do retorno às aulas, os pais do Distrito Federal enfrentam um aumento de até 10% nos preços dos materiais escolares, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindipel-DF). A alta está relacionada à valorização do dólar no final do ano passado, que impactou especialmente os produtos importados, como mochilas e estojos. Para os comerciantes, a reposição de estoque no final de 2024 resultou em custos mais elevados, refletindo diretamente nos preços praticados em 2025.
A pesquisa de preços realizada por algumas papelarias da região mostra que itens como cadernos, lápis e canetas tiveram reajustes significativos. Um caderno de 15 matérias, por exemplo, passou de R$ 37,86 para R$ 42,13, enquanto o conjunto de 12 canetinhas teve um aumento de R$ 1,14. Por outro lado, alguns produtos, como a caixa de giz de cera, mantiveram o preço estável. Essa variação nos preços tem levado algumas famílias a buscar alternativas, como reformar mochilas do ano anterior, diante do alto custo de novos itens.
Além dos aumentos, o governo do Distrito Federal estabelece regras para a compra do material escolar em escolas privadas, visando garantir transparência e evitar abusos. A legislação proíbe exigências como a compra de material em locais específicos ou a obrigatoriedade de marcas determinadas, e assegura que o material deve ser entregue antes do início das aulas, especialmente no caso de parcelamento. Para as famílias de alunos da rede pública, há o Cartão Material Escolar, que beneficiará mais de 200 mil estudantes em 2025, com recursos direcionados às famílias em situação de vulnerabilidade econômica.