Os preços de aluguel residencial no Brasil subiram, em média, 13,50% em 2024, de acordo com dados do Índice FipeZAP. Esse aumento foi superior à inflação oficial do país, o IPCA, que registrou um avanço de 4,83%. Mesmo com o aumento desacelerando em relação a 2023, quando o crescimento foi de 16,16%, a alta real, ou seja, descontada a inflação, foi de 8,67%. A explicação para esse fenômeno está ligada ao bom desempenho do mercado de trabalho, que tem incentivado a demanda por imóveis, com mais pessoas conseguindo garantir uma renda estável.
A economia brasileira, com destaque para o mercado de trabalho, segue forte, o que tem impulsionado o mercado de locação. A taxa de desemprego caiu para 6,1%, a menor já registrada desde 2012, o que tem gerado maior confiança no consumo e em contratos de aluguel. Além disso, projeções indicam que o preço dos aluguéis pode continuar subindo em 2025, impulsionado pela expectativa de crescimento no emprego e pela restrição no mercado de imóveis à venda, exacerbada pelo encarecimento do crédito imobiliário devido à alta da Selic.
No cenário das capitais brasileiras, os preços variaram consideravelmente, com Salvador, Campo Grande, Porto Alegre e Recife apresentando os maiores aumentos em 2024. O preço médio dos aluguéis nas 36 cidades monitoradas ficou em R$ 48,12/m², o que representa um aumento de cerca de R$ 279,50 em relação ao ano anterior. Barueri, na Grande São Paulo, foi a cidade com o aluguel mais caro, atingindo R$ 65,41/m², enquanto Pelotas, no Rio Grande do Sul, teve o metro quadrado mais barato, com R$ 18,61.