O reajuste de R$ 0,22 no preço do litro do diesel, anunciado pela Petrobras em 31 de janeiro de 2025, ainda não resolve completamente a defasagem dos preços em relação ao mercado internacional, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). A defasagem nos polos da estatal era de R$ 0,59 por litro, o que representa uma diferença de 17% em relação ao preço praticado no Golfo do México. Apesar disso, a associação considera o aumento uma medida positiva, pois reduz o risco de desabastecimento, especialmente com o aumento da demanda previsto para março.
A partir do dia 1º de fevereiro de 2025, o reajuste de R$ 0,22 será repassado ao consumidor, resultando em um aumento real de R$ 0,19 por litro devido à mistura obrigatória de biodiesel no diesel B. Além disso, entrará em vigor um aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que elevará o preço da gasolina em R$ 0,10 por litro e o do diesel em R$ 0,06. Com isso, o aumento total do diesel nos postos será de cerca de R$ 0,25 por litro.
Embora o preço dos combustíveis no Brasil seja determinado pelo mercado, os postos de combustíveis podem decidir se repassam ou não os aumentos de tributos aos consumidores. O preço do biodiesel, que é mais caro que o diesel A vendido pela Petrobras, pode ser um fator a ser ajustado para minimizar o impacto nos preços finais. O governo também pode se beneficiar com o aumento na arrecadação, caso a proporção de biodiesel no diesel seja reduzida, uma vez que os tributos federais sobre o diesel A são mais elevados que sobre o biodiesel.