Nos últimos cinco anos, mais de 7,6 mil pessoas foram deportadas dos Estados Unidos e chegaram ao Brasil em 94 voos fretados pela ICE (U.S. Immigration and Customs Enforcement), com a maioria dos deportados desembarcando no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG). O número de deportações variou entre 2020 e 2024, com um pico de 2.188 deportados em 2021, diminuindo em 2023, mas com um aumento notável em 2024, quando 1.648 pessoas foram deportadas.
As deportações têm sido uma questão de destaque desde o início do novo mandato de Donald Trump, que intensificou as regras de entrada e permanência de estrangeiros nos EUA. Embora a Polícia Federal no Brasil receba informações sobre voos fretados, os números de deportados que retornam por meio de aviões comerciais não são divulgados pelas autoridades americanas, o que torna os dados incompletos. A previsão é de que novos voos de deportados cheguem ao Brasil, com o próximo programado para 7 de fevereiro, partindo da Louisiana com escala em Manaus.
Em resposta a esse fluxo crescente, o governo brasileiro, por meio da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, anunciou a criação de um posto de acolhimento no Aeroporto de Confins para ajudar os deportados ao chegarem ao país. Além disso, o Brasil expressou interesse em estabelecer um grupo de trabalho conjunto com os EUA para discutir melhorias no processo de deportação, buscando uma abordagem mais eficiente e humana.