A Petrobras anunciou um reajuste de 6,29% no preço do diesel, o que eleva o valor médio do combustível para R$ 3,72 por litro. Além disso, a partir de sábado, 1º de fevereiro, o preço do diesel sofrerá outro aumento devido à alteração na alíquota do ICMS, que deve acrescentar cerca de R$ 0,06 ao valor. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis estima que o impacto final para o consumidor será de R$ 0,25 por litro, considerando tanto o aumento da Petrobras quanto a mudança no ICMS. Embora o diesel tenha uma participação pequena no orçamento familiar, sua influência sobre outros preços, como alimentos e serviços, é significativa.
O efeito mais visível do aumento do diesel será no custo de transporte e logística, o que deve impactar diretamente o preço dos alimentos. O reajuste no combustível tem potencial de aumentar o custo do frete e de serviços relacionados, além de afetar setores como a energia, devido ao uso do diesel em termelétricas. De acordo com especialistas, o impacto indireto no mercado de alimentos e bebidas, que já enfrentam alta nos preços, deve aumentar ainda mais a pressão sobre a inflação. O setor de alimentos foi um dos principais responsáveis pela alta do índice de preços no Brasil, conforme apontado pelo IBGE.
Com a expectativa de que o aumento do diesel atinja o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 0,22 ponto percentual, especialistas alertam que o reajuste poderá dificultar a estabilização da inflação em 2025. Em um cenário de preços elevados, o impacto indireto do diesel tende a se espalhar por diversos segmentos da economia, afetando desde a alimentação até o transporte urbano. O governo e economistas buscam alternativas para mitigar esses efeitos, mas a situação continua sendo uma preocupação para a população e para os especialistas em inflação.