O aumento da temperatura global, que ultrapassou 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, tem gerado preocupações sobre seus impactos na saúde humana. Embora, inicialmente, as consequências possam não ser imediatas, mudanças no clima, como ondas de calor, frio extremo, secas e chuvas intensas, podem afetar diretamente o sistema cardiorrespiratório, especialmente de grupos vulneráveis como idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças pré-existentes. A oscilação térmica também pode resultar em mais internações e mortalidade, com populações de baixa renda sendo mais afetadas devido à falta de infraestrutura e condições de adaptação.
A região tropical, incluindo o Brasil, tende a enfrentar um aumento mais significativo de temperatura, o que pode amplificar os efeitos negativos no bem-estar da população, como a expansão de áreas para mosquitos transmissores de doenças como a dengue. Além disso, o aumento de temperatura pode acelerar a reprodução de vetores de doenças infecciosas, agravando os riscos de surtos. No entanto, a mudança climática pode trazer alguns benefícios para áreas frias do planeta, como a redução de custos com aquecimento, mas também impõe desafios para a saúde pública, como o aumento das doenças respiratórias devido a ondas de frio.
A resposta ao aumento da temperatura exige ações urgentes, como o controle rigoroso das emissões de gases de efeito estufa, a transição para energias renováveis e o reflorestamento. Além disso, medidas de adaptação nas cidades, como a criação de espaços de resfriamento e campanhas educativas, são essenciais para mitigar os impactos sobre a saúde. A implementação de políticas públicas focadas na sustentabilidade e na proteção dos mais vulneráveis é fundamental para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir a saúde da população.