Em 2024, o Disque Direitos Humanos (Disque 100) registrou 2.472 denúncias relacionadas à intolerância religiosa no Brasil, representando um aumento de 66,8% em comparação com o ano anterior. Desde 2021, as denúncias cresceram 323,29%. Os grupos mais afetados por atos de intolerância foram a umbanda e o candomblé, seguidos pelo evangelicalismo, catolicismo, espiritismo e islamismo. A maior parte das vítimas identificadas são mulheres, totalizando 1.423 registros.
Os estados que mais reportaram casos de intolerância religiosa foram São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 618, 499 e 205 denúncias, respectivamente. Esses dados indicam a necessidade de uma maior atenção à diversidade religiosa no país, principalmente considerando a significativa disparidade nas denúncias entre as regiões.
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, destacou a importância da laicidade do Estado e do respeito às diferentes crenças. Ela também lembrou da relevância do Dia do Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em homenagem a Mãe Gilda de Ogum, símbolo da luta contra a perseguição religiosa. As denúncias podem ser feitas por meio do Disque 100, WhatsApp e Telegram, garantindo anonimato e a possibilidade de acompanhamento do andamento das queixas.