Os comerciantes de Bernardo de Irigoyen, cidade argentina na fronteira com o Brasil, estão apreensivos com o anúncio do governo de Javier Milei sobre o aumento de controles na região, alegadamente para combater problemas de criminalidade. O presidente da Câmara de Comércio local, Walter Feldman, expressou surpresa e preocupação com a maneira como a medida foi comunicada, afirmando que isso pode gerar uma imagem negativa da cidade, impactando o comércio. A cidade é descrita como tranquila e de fácil acesso para brasileiros, e os comerciantes ressaltam que a criminalidade registrada ocorre distante da área urbana.
A ministra de Segurança do governo Milei, Patricia Bullrich, mencionou que a intensificação do controle se deve a questões de segurança, como a pistolagem e a diferença nas moedas dos dois países, que impulsionam o fluxo de mercadorias entre a Argentina e o Brasil. No entanto, os comerciantes locais não são contra o aumento da fiscalização, mas questionam a forma como a medida foi anunciada, sem detalhes claros sobre sua implementação. Feldman destacou que, apesar da preocupação, acredita que a fronteira não será fechada devido à forte integração entre as cidades vizinhas.
A falta de comunicação clara por parte das autoridades argentinas gerou incerteza, afetando tanto os comerciantes de Bernardo de Irigoyen quanto os estabelecimentos no lado brasileiro da fronteira. O impacto no setor pode ser substancial, especialmente se os brasileiros se sentirem desmotivados a atravessar a fronteira. Para amenizar os efeitos negativos, Feldman e outros líderes locais estão trabalhando para esclarecer a situação, tranquilizando os consumidores sobre a realidade da fronteira e desmentindo rumores de fechamento ou construção de cercas.