A rede de saúde pública de Florianópolis registrou um aumento nos casos de virose nas últimas semanas, superando a média histórica dos últimos cinco anos. Esse aumento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, pode ser considerado um surto, caracterizado pela ocorrência de sintomas semelhantes em duas ou mais pessoas em um curto período. Embora as autoridades ainda não tenham identificado as causas exatas, o fenômeno era esperado devido ao calor intenso e ao fluxo de turistas na cidade, que recebe uma população estimada de 2 milhões de pessoas durante a alta temporada.
Especialistas apontam que a principal causa dos surtos nesta época do ano são os vírus transmitidos pela via oral-fecal, como o norovírus, que afetam o trato gastrointestinal. A contaminação pode ocorrer através da ingestão de água de rios ou do mar, além de alimentos e bebidas de procedência duvidosa, e até mesmo gelo feito com água contaminada. Os sintomas mais comuns incluem dor abdominal, vômito, diarreia e febre, com a recomendação de tratamento focado em repouso e hidratação, uma vez que a desidratação é um risco devido à perda de líquidos.
Para prevenir novos casos, as autoridades de saúde reforçam a importância de cuidados com a higiene das mãos e a qualidade da água consumida, especialmente em áreas de lazer como praias e rios. A Dive/SC orienta a população a consultar as condições da água para banho, que são monitoradas semanalmente pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). Atualmente, 36,5% dos pontos de coleta no litoral catarinense apresentaram água imprópria para atividades aquáticas, o que reforça a necessidade de vigilância contínua, principalmente em locais com grande circulação de turistas.