São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Santa Catarina concentram 84% dos casos de dengue registrados recentemente, o que levou o Ministério da Saúde a intensificar o monitoramento. Apesar de não estar em situação de emergência, o alerta foi emitido com a abertura do Centro de Operações de Emergência em Saúde para dengue e outras arboviroses. Dados indicam que mais de 50% dos casos de 2025 estão em São Paulo e Minas Gerais, enquanto a modelagem preditiva estima que a incidência da doença deve aumentar em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
Em 2024, o Brasil enfrentou um recorde histórico de dengue, com mais de 6,4 milhões de casos prováveis e mais de 6 mil mortes. A ministra da Saúde destacou o impacto das mudanças climáticas, que favorecem a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Para conter o avanço da doença, o governo implementou medidas como a expansão do método Wolbachia, a liberação de insetos estéreis, estações de larvicidas e vacinação em áreas com alta incidência. O objetivo é reduzir os casos e prevenir mortes, já que as mortes por dengue são evitáveis com detecção precoce e manejo adequado.
Outro ponto de preocupação é o aumento do sorotipo 3 do vírus, que não era registrado de forma significativa no Brasil desde 2008. Ele pode atingir uma população amplamente suscetível devido à ausência de imunidade. Autoridades reforçam a importância de eliminar criadouros e agir rapidamente em casos suspeitos para controlar a doença, especialmente com a circulação simultânea dos quatro sorotipos do vírus, como ocorreu em 2024.