Em janeiro de 2024, Rio Branco enfrentou um aumento significativo nos casos de Covid-19 e dengue, impactando diretamente os serviços de saúde. O término de contratos temporários de médicos, que não puderam ser prorrogados após 31 de dezembro, deixou diversas unidades de saúde sem profissionais. Como resultado, muitas Uraps, como a Roney Meirelles, estão sem médicos para atender a população, o que forçou cidadãos a retornarem para casa sem receber o devido atendimento. Em algumas dessas unidades, pacientes conseguiram apenas realizar testes para Covid-19, mas sem acompanhamento médico ou orientação suficiente.
Além da redução no número de médicos devido ao fim dos contratos, a situação foi agravada pela ausência de profissionais temporários, que foram afastados por questões de saúde, incluindo Covid-19. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) tem cobrado medidas emergenciais do município para lidar com a escassez, que compromete a qualidade e a continuidade do atendimento. Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde está em processo de convocação de médicos aprovados em concurso público, com o objetivo de suprir a falta de profissionais e garantir um atendimento adequado à população.
Diante do cenário de crise, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou que irá decretar situação de emergência em todo o estado, devido ao crescimento dos casos de dengue e das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs). A medida visa liberar recursos financeiros para investimentos em prevenção e tratamento, com ênfase no apoio aos municípios com menor infraestrutura. Além disso, a vacinação contra a Covid-19 continua sendo uma estratégia importante para reduzir a gravidade dos casos, com foco em grupos prioritários como idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.