Em 2024, o Brasil registrou um aumento alarmante no número de casos de coqueluche, atingindo o maior índice dos últimos nove anos. Segundo o Ministério da Saúde, a doença, transmitida por infecção bacteriana e propagada por tosse ou contato com superfícies contaminadas, saltou de 214 casos em 2023 para 5.998 em 2024, representando um aumento de 2.702%. Esse crescimento foi particularmente acentuado em estados como Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com o Paraná destacando-se pelo maior aumento, de 16 para 2.423 casos.
Além do crescimento no número de infecções, o Brasil também registrou um aumento significativo no número de óbitos pela doença. Enquanto em 2020 houve apenas uma morte, em 2024 foram 27 óbitos, a maioria em bebês com menos de um ano, grupo mais vulnerável à doença. Esse dado evidencia a gravidade da situação e a necessidade urgente de medidas de prevenção, especialmente para a faixa etária mais afetada.
O cenário reflete um desafio crescente para as autoridades de saúde, que agora enfrentam a tarefa de controlar a disseminção da doença e proteger as populações mais vulneráveis, como os recém-nascidos. A coqueluche, que já foi considerada controlada em várias regiões, voltou a ser uma preocupação de saúde pública de grande escala, exigindo esforços redobrados em campanhas de vacinação e conscientização.