A partir de 2 de fevereiro, a tarifa dos trens urbanos no Rio de Janeiro sofrerá um reajuste de 7,04%, passando de R$ 7,10 para R$ 7,60. O aumento foi anunciado pela SuperVia, concessionária responsável pelo sistema, e segue o índice de inflação calculado pelo IGP-M. No entanto, o reajuste não afetará os passageiros que utilizam o Bilhete Único Intermunicipal, uma tarifa reduzida de R$ 5 para pessoas com renda inferior a R$ 3.205,20. Segundo a SuperVia, o ajuste é necessário para cobrir os custos fixos da operação, como manutenção e aquisições de peças, impactados pela inflação.
Além do aumento no preço dos trens, o transporte coletivo de ônibus também terá reajuste na capital fluminense. A partir do dia 5 de fevereiro, a tarifa do ônibus municipal, incluindo o BRT, passará de R$ 4,30 para R$ 4,70. Esse aumento, de R$ 0,40, reflete a correção pela inflação medida pelo IPCA, após dois anos sem ajustes. O novo valor também será aplicado aos transportes complementares, como vans e kombis que operam em áreas de comunidades, além do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
O sistema ferroviário do Rio, que atende cerca de 300 mil passageiros diários, abrange 270 quilômetros de malha e conecta 12 municípios da região metropolitana. A SuperVia, que enfrenta dificuldades financeiras desde 2021, teve que recorrer à recuperação judicial devido a prejuízos acumulados durante a pandemia e problemas operacionais. O governo do estado e a concessionária chegaram a um acordo para um possível novo modelo de licitação do serviço, com investimentos previstos para os próximos meses, com o objetivo de melhorar a operação e a qualidade do transporte público na região.