Mais de 400 pessoas foram resgatadas dos escombros do terremoto de magnitude 6,8 que atingiu a região do Tibete, na China, com autoridades locais ainda buscando sobreviventes em condições extremas. O tremor, ocorrido na terça-feira (07), teve epicentro em Tingri, a cerca de 80 km do Monte Everest, e foi um dos mais fortes na região nos últimos anos. O impacto foi sentido também em países vizinhos como Nepal, Butão e Índia, sem relatos de mortes nesses locais.
As condições climáticas complicam ainda mais as operações de resgate, com temperaturas que chegaram a 18 graus Celsius negativos durante a noite. As equipes enfrentam o desafio de localizar sobreviventes em uma área de vastas proporções, aproximadamente do tamanho do Camboja, enquanto o risco de hipotermia é uma ameaça constante para aqueles que permanecem presos ou desabrigados. Além disso, mais de 100 réplicas do tremor foram registradas, agravando a situação nas zonas mais afetadas.
Até o momento, foram confirmadas 126 mortes e 188 feridos no lado tibetano, conforme informações da emissora estatal CCTV. A análise do Serviço Geológico dos Estados Unidos indica que o terreno ao redor do epicentro se deslocou até 1,6 metro em uma extensão de 80 km, evidenciando a força do abalo sísmico. O esforço humanitário é intenso, com tendas sendo montadas rapidamente para abrigar os afetados, enquanto a comunidade internacional acompanha as ações de socorro.