Em Poços de Caldas (MG), dezenas de trabalhadores terceirizados da área da saúde estão com salários atrasados. Profissionais, incluindo médicos, relatam que não receberam o pagamento de dezembro e que, em alguns casos, o atraso já se estende por até três meses. O principal motivo apontado pelos funcionários é a falta de repasse de recursos da prefeitura para a empresa contratada, a Associação da Santa Casa de Misericórdia de Salto de Pirapora, responsável pela contratação dos trabalhadores. O atraso tem gerado insatisfação entre os profissionais, que afirmam não saber quem é o responsável pela falha no repasse.
O contrato entre a Prefeitura de Poços de Caldas e a Associação, firmado em 2023, prevê a prestação de serviços médicos na cidade e tem um valor anual superior a R$ 60 milhões. Embora o repasse de verbas tenha sido realizado pela prefeitura para a empresa, os salários não foram pagos aos trabalhadores. A situação, que é inédita, levou os profissionais a buscar orientação jurídica, mas sem respostas concretas até o momento. A empresa, por sua vez, alegou que os atrasos nos pagamentos se devem à falta de repasses por parte da prefeitura, e informou que tem cobrado as autoridades municipais.
O advogado que representa alguns médicos mencionou que a falta de pagamento está prejudicando a subsistência dos profissionais e que a questão do vínculo de trabalho (se de empregado ou cooperado) não altera o fato de que os trabalhadores devem receber o que é devido. A prefeitura de Poços de Caldas afirmou que está ciente da situação e que discutirá as providências a serem tomadas, enquanto a Associação declarou que se reuniu com a administração municipal para esclarecer os motivos dos atrasos, embora os detalhes da reunião ainda não tenham sido divulgados.
