O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, interrompeu suas férias para discutir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva os impactos do atraso na aprovação do Orçamento de 2025, que deveria ter sido votado pelo Congresso Nacional no final do ano passado. Apesar de reconhecer que o atraso impõe restrições, Haddad afirmou que não comprometerá o funcionamento da máquina pública. Ele destacou a necessidade de ajustar o Orçamento às diretrizes do arcabouço fiscal e às leis aprovadas recentemente, enquanto o governo opera com limitações de execução, como determina a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O atraso na aprovação do Orçamento decorre do calendário legislativo e da formação das comissões parlamentares, incluindo a Comissão Mista de Orçamento (CMO), o que poderá levar as votações para março. Haddad enfatizou que a prioridade do governo é garantir a aprovação do texto, mas negou que a reunião com o presidente tenha abordado novas medidas de corte de gastos. Ele explicou que a execução do orçamento neste período seguirá a regra de 1/12 por mês, conforme estipulado pela LDO, com prioridade para gastos essenciais, como projetos em andamento e situações emergenciais.
O retorno antecipado de Haddad às atividades foi motivado pela recuperação de sua esposa, que havia passado por um procedimento cirúrgico, inicialmente justificando suas férias. O ministro também tem previsão de um novo período de descanso em julho. Esta é a primeira vez desde 2021 que o Brasil inicia um ano sem um Orçamento aprovado, criando um desafio adicional para o governo no planejamento e execução de suas políticas públicas.