O ato em defesa da democracia, promovido pela Presidência da República em 8 de janeiro de 2025, comemorou os dois anos dos atentados golpistas ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 2023. Diversas autoridades, incluindo a deputada Maria do Rosário (PT-RS) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se pronunciaram sobre a importância da defesa da democracia e da Constituição. Maria do Rosário enfatizou que a democracia no Brasil não foi um legado, mas uma conquista através da luta e da participação popular. Ela também defendeu a punição de todos os envolvidos nos ataques e destacou a necessidade de não se tolerar o fascismo e os discursos de ódio.
O presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), ressaltou que os golpistas de 2023 miraram na sociedade brasileira, com a intenção de retornar à tirania e à repressão. Lula, por sua vez, reafirmou a força da democracia e a sobrevivência do sistema político brasileiro, destacando que, caso o golpe tivesse sucesso, o Brasil viveria um retrocesso político e social. Ele lembrou ainda a importância da democracia ao ressaltar que é nesse regime que uma pessoa sem formação acadêmica pode alcançar a presidência da República, o que não seria possível em outros sistemas.
Durante a cerimônia, Lula assinou o decreto que institui o Prêmio Eunice Paiva, em homenagem à militante pelos direitos humanos e à defesa da democracia. Eunice Paiva foi uma figura importante na luta pela liberdade e pelos direitos dos povos indígenas, além de ter se tornado símbolo da resistência à ditadura militar. Lula também garantiu que todos os responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro seriam punidos, assegurando a ampla defesa e o direito à presunção de inocência, mas reforçando a intolerância ao discurso de ódio e à violência contra o Estado de Direito.