No primeiro ano completo como uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o Atlético-MG enfrentou um cenário financeiro desafiador, com a dívida total do clube alcançando R$ 1,4 bilhão em 2024, um aumento em relação ao R$ 1,3 bilhão registrado em 2023. Apesar de ter obtido um resultado operacional positivo no último ano, o clube não conseguiu reduzir o endividamento líquido conforme esperado. A expectativa inicial era reduzir a dívida para R$ 1,2 bilhão, mas as contratações feitas durante o ano impactaram negativamente o planejamento financeiro, gerando um aumento no investimento e nas despesas.
A principal estratégia do Atlético-MG para melhorar sua saúde financeira a longo prazo é continuar apresentando resultados operacionais positivos, com o objetivo de equilibrar o investimento em atletas com a arrecadação proveniente de negociações. Contudo, a crise financeira ainda persiste, e a projeção atual é que a dívida só comece a diminuir a partir de 2028, com um foco particular no endividamento bancário e no Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) utilizado para a construção da Arena MRV.
Diante dessa situação, o clube está considerando alternativas para reestruturar sua dívida, incluindo a possibilidade de concentrar os passivos em uma única plataforma de negociação. A entrada de novos investimentos, como um aporte de capital dos acionistas ou de novos investidores, pode ser essencial para reduzir o endividamento mais rapidamente. No entanto, por enquanto, ainda não há uma solução definida para aliviar a pressão financeira do clube, que continua enfrentando desafios no equilíbrio entre seus gastos e receitas.