Na segunda-feira, ativistas ambientais do Reino Unido realizaram um protesto na Abadia de Westminster, onde Charles Darwin está enterrado, pintando seu túmulo com a mensagem “1,5 está morto”. A ação faz referência ao limite climático de 1,5 graus Celsius, que o mundo teria ultrapassado temporariamente em 2024. A manifestação foi organizada pelo grupo Just Stop Oil, que denuncia os impactos das mudanças climáticas e a crise da biodiversidade. Os manifestantes ressaltaram a perda de espécies e os desastres climáticos, como os incêndios na Califórnia.
De acordo com cientistas, 2024 foi o ano mais quente já registrado, com a temperatura global superando em 1,6°C a média histórica antes da queima de combustíveis fósseis. Embora a preocupação dos cientistas seja o impacto a longo prazo da ultrapassagem dos 1,5°C, o recorde de 2024 é visto como um sinal de alerta. A ação também destacou a grave ameaça à biodiversidade, com algumas vozes alertando para a sexta extinção em massa provocada pelo ser humano.
A polícia do Reino Unido prendeu as ativistas por suspeita de danos criminais, após a aplicação de tinta em pó no túmulo de Darwin. O grupo Just Stop Oil é conhecido por realizar protestos disruptivos, como o ataque a obras de arte e monumentos históricos. Com mais de 3 mil prisões desde sua formação, a organização continua pressionando o governo britânico para adotar medidas urgentes na transição para fontes de energia renováveis, com o objetivo de eliminar a queima de combustíveis fósseis até 2030.