A atividade do setor de serviços na China registrou em dezembro seu maior crescimento em sete meses, segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Caixin/S&P Global, que subiu de 51,5 em novembro para 52,2. O avanço foi impulsionado pelo aumento na demanda doméstica, enquanto a entrada de novos negócios do exterior caiu pela primeira vez desde agosto de 2023, refletindo desafios crescentes no comércio internacional. O PMI composto, que inclui os setores de manufatura e serviços, também apresentou queda, passando de 52,3 para 51,4.
Embora o cenário doméstico tenha mostrado sinais positivos, com novas medidas fiscais e monetárias adotadas pelas autoridades chinesas nos últimos meses, a confiança empresarial permanece abalada. O nível de otimismo das empresas atingiu o segundo menor patamar desde março de 2020, devido a preocupações com a crescente concorrência e possíveis interrupções comerciais. A situação é agravada pela perspectiva de tarifas comerciais mais altas sobre produtos chineses prometidas pelo novo governo dos EUA, o que pode representar um risco significativo para a economia chinesa.
A economia chinesa enfrenta desafios estruturais, incluindo uma crise no setor imobiliário, fraqueza no consumo e nos investimentos, além de um cenário externo menos favorável. Apesar das exportações terem sido um ponto de sustentação nos últimos anos, as tensões comerciais e novas tarifas anunciadas pelos EUA podem comprometer esse desempenho no futuro. As autoridades chinesas seguem apostando em estímulos econômicos para tentar revitalizar o crescimento e mitigar os impactos negativos sobre a segunda maior economia do mundo.