Na manhã de terça-feira (14), a população de Porto Velho enfrentou dificuldades devido a uma série de ataques a ônibus que resultaram no incêndio de ao menos três veículos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sitetuperon), criminosos ameaçaram motoristas, cobradores e usuários, o que levou à paralisação do transporte coletivo. A medida foi adotada para proteger a integridade física dos trabalhadores e passageiros, enquanto autoridades locais pediram reforço na segurança pública para garantir a ordem e permitir o retorno do serviço.
Os ataques são vistos como uma reação a uma operação policial deflagrada no final de 2023, com o objetivo de combater facções criminosas e suas atividades ilegais, como o tráfico de drogas e o controle de imóveis invadidos. No contexto de um aumento da violência, a Polícia Militar (PM) registrou também incêndios suspeitos em Mirante da Serra, distante cerca de 390 km da capital, o que aponta para uma expansão das ações criminosas. O prefeito de Porto Velho, em ofício ao governo estadual, solicitou providências urgentes para garantir a segurança da população e dos trabalhadores do transporte público.
A Operação Aliança Pela Vida, que busca combater a criminalidade, tem gerado tensões, especialmente após a morte de um policial e a intensificação das ações no conjunto habitacional Orgulho do Madeira. A PM tem adotado uma postura mais firme, com bloqueios e buscas nos locais afetados, visando desarticular as facções que, segundo as autoridades, lucram não apenas com o tráfico de drogas, mas também com roubos e a exploração de imóveis. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades, que se esforçam para restaurar a normalidade na cidade.