O ataque ocorrido no assentamento Olga Benário, localizado em Tremembé, SP, completou uma semana nesta sexta-feira (17), deixando duas vítimas fatais e seis feridas. A Polícia Civil de Taubaté está conduzindo a investigação com uma força-tarefa composta por três delegados e 30 investigadores. As principais linhas de apuração envolvem a motivação do crime, que estaria relacionada a uma disputa por um lote específico no assentamento, e a identidade dos responsáveis. Até o momento, um suspeito foi preso e quatro outros permanecem foragidos. A polícia já localizou um dos veículos usados no ataque e apreendeu evidências como armas e projéteis.
Segundo as autoridades, o crime não tem vínculo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mas sim com um conflito envolvendo a ocupação de um lote desocupado dentro do assentamento. O delegado responsável pela investigação, Marcos Parra, explicou que o ataque começou com uma tentativa de intimidação, que escalou para um confronto armado com armas brancas e de fogo. A Polícia Civil está realizando diligências para identificar e capturar os suspeitos restantes, enquanto a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo continua a coletar depoimentos e realizar perícias no local.
O caso recebeu apoio do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que incluiu o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na investigação. Além disso, a Polícia Civil utilizou tecnologia avançada, como o scanner 3D, para realizar novas perícias na área do ataque. O Governo Federal também iniciou visitas ao assentamento, oferecendo apoio psicológico e assistência jurídica aos moradores, visando garantir a segurança e o bem-estar da comunidade, que ainda enfrenta o trauma do ocorrido.