Na noite de sexta-feira (10), um ataque armado no assentamento Olga Benário, pertencente ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo, resultou em dois mortos e seis feridos. Inicialmente, o MST informou que três pessoas haviam falecido, mas posteriormente corrigiu a informação, confirmando duas vítimas fatais. As vítimas foram levadas a hospitais da região, e uma mulher permanece em estado grave. A Polícia Civil prendeu um suspeito, conhecido como Nero, que confessou envolvimento no crime e foi reconhecido pelas vítimas.
De acordo com as investigações, o ataque teria sido motivado por um conflito relacionado à disputa por terras dentro do assentamento, possivelmente envolvendo a especulação imobiliária na região do Vale do Paraíba. O MST denuncia que, devido à localização estratégica do assentamento, a área tem sido alvo de intensas pressões externas, com ameaças contínuas às famílias assentadas. A polícia continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no ataque, e busca esclarecer o número total de criminosos que participaram da ação.
A polícia apreendeu diversas armas, incluindo facas, munições e escopetas, durante a operação que se seguiu ao ataque. Além disso, um outro homem foi detido em flagrante por porte ilegal de arma de fogo enquanto tentava prestar socorro às vítimas. As autoridades seguem investigando o caso, que é tratado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de armas. O MST reafirma que a violência e as ameaças contra seus membros têm sido constantes, apesar de denúncias formais às autoridades.