O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, comentou sobre o ataque ocorrido no assentamento Olga Benário, no município de Tremembé (SP), onde dois membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram mortos a tiros na noite de sexta-feira (10). Segundo Teixeira, o grupo responsável pelo ataque tinha como objetivo a subtração de um lote de terra legalizado para reforma agrária. A ação resultou também em seis feridos, que necessitaram de atendimento hospitalar. O ministro pediu à polícia que esclareça a autoria do crime e que garanta a segurança dos assentados, que buscam apenas viver e produzir alimentos de maneira pacífica.
A Polícia Civil de São Paulo prendeu um dos suspeitos de envolvimento no crime, identificado como o mentor intelectual do ataque. Além disso, autoridades estaduais e federais, incluindo a ministra dos Direitos Humanos, manifestaram compromisso em investigar o caso com profundidade, reafirmando a proteção aos movimentos sociais e destacando que a violência contra assentados não será tolerada. A ministra também mencionou o risco crescente enfrentado por esses movimentos em regiões como o interior paulista, que têm sido alvo de ações violentas, associadas a interesses imobiliários.
Gilmar Mauro, representante do MST, apontou que a localização privilegiada do assentamento em Tremembé desperta o interesse de grupos criminosos ligados à especulação imobiliária. Ele sugeriu que esses grupos, muitas vezes associados a milícias armadas, buscam transformar áreas agrícolas em condomínios e empreendimentos urbanos. O Partido dos Trabalhadores (PT) também se manifestou, cobrando uma resposta firme das autoridades de segurança do estado de São Paulo e da Polícia Federal, alegando que este ataque é parte de uma série de agressões similares contra assentamentos próximos a centros urbanos em diversas partes do Brasil.