O Rio Grande do Sul perdeu um dos seus maiores ícones musicais, Nésio Alves Corrêa, conhecido como Gildinho, fundador do grupo Os Monarcas. Ele faleceu no último sábado (11), aos 82 anos, após uma longa batalha contra o câncer, que durou 20 anos. Gildinho, que foi diagnosticado com um tumor na tireoide, enfrentou diversas complicações ao longo desse período, incluindo a descoberta de novos tumores, como o da próstata, durante sua internação em novembro de 2022. Mesmo com a saúde debilitada, ele continuou se apresentando com a banda, que fundou em 1972.
Durante sua carreira, Gildinho e Os Monarcas gravaram mais de 50 discos e receberam importantes prêmios, incluindo o Prêmio Sharp e o Prêmio Açorianos, consolidando-se como um dos maiores representantes da música tradicional gaúcha. Além disso, Gildinho foi homenageado com títulos como o Troféu Guri e a Medalha do Mérito Farroupilha, pela sua contribuição à cultura do estado. Sua trajetória foi marcada por uma dedicação inabalável à música e ao público, mesmo diante das dificuldades pessoais.
O velório de Gildinho acontecerá neste domingo (12), no CTG Sentinela da Querência, em Erechim. Sua filha, Sandra Márcia Borges Corrêa, destacou a coragem e determinação do pai, que, mesmo sem conseguir se comunicar plenamente, continuava tentando cantar e se conectar com os fãs até seus últimos dias. O falecimento do artista deixa um legado importante para a música tradicional gaúcha, que continuará vivo através de sua obra e da memória de sua trajetória.