Em novembro de 2024, a arrecadação do governo federal alcançou R$ 209,2 bilhões, o melhor desempenho para o mês desde 2013, quando o valor registrado foi de R$ 210,3 bilhões. Esse resultado representa um aumento real de 11,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando a arrecadação foi de R$ 188,1 bilhões, já corrigido pela inflação. O crescimento foi impulsionado por medidas adotadas em 2023, como a tributação de fundos exclusivos e offshores, alterações nos incentivos fiscais estaduais, e a retomada da tributação sobre combustíveis.
Além disso, o aumento da arrecadação é visto como um elemento crucial para o governo tentar equilibrar as contas públicas e alcançar a meta fiscal de 2024, que busca minimizar o déficit orçamentário. Contudo, a nova regra fiscal prevê uma margem de tolerância de até 0,25 ponto percentual, o que significa que, mesmo com um déficit de até R$ 28,75 bilhões, a meta será considerada cumprida. Para o cumprimento da meta, também são excluídos R$ 38,6 bilhões em créditos extraordinários, destinados a emergências, como as enchentes no Rio Grande do Sul.
Entre as ações que impactaram diretamente na arrecadação, destacam-se a limitação no pagamento de precatórios e o reforço no voto de confiança no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Também foram destinados recursos significativos para o combate a desastres ambientais, como R$ 514,5 milhões para combater incêndios no Pantanal e na Amazônia, além de R$ 1,35 bilhão para o Judiciário e o Ministério Público. Essas medidas visam garantir a saúde fiscal do país, alinhando a arrecadação com os objetivos do governo de conter o déficit e promover investimentos em áreas críticas.