A arrecadação de impostos e contribuições federais do Brasil fechou 2024 em R$ 2,653 trilhões, um aumento real de 9,62% em relação ao ano anterior. Esse resultado superou as expectativas do mercado financeiro e representa o melhor desempenho histórico da Receita Federal desde 1995, considerando a inflação. Em 2023, a arrecadação havia sido de R$ 2,318 trilhões, ficando atrás apenas de 2022, que foi um ano de arrecadação recorde.
O crescimento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo a tributação de fundos de investimentos, que aumentou a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre o capital. Além disso, houve uma melhora no desempenho do PIS/Cofins, especialmente com a volta da tributação sobre combustíveis. O Imposto de Importação e o IPI vinculado à importação também ajudaram, devido ao aumento das alíquotas médias desses tributos.
Outro fator importante foi a arrecadação de cerca de R$ 7,4 bilhões com a atualização de bens e direitos no exterior, conforme a Lei 14.754/23, o que repercutiu diretamente na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A soma de todos esses fatores contribuiu para que o ano de 2024 superasse as projeções de arrecadação, estabelecendo um novo marco na história da Receita Federal.