Devido à alta da inflação e ao fortalecimento do peso argentino, muitos argentinos estão recorrendo a compras no exterior, especialmente em shoppings de Santiago do Chile e nas cidades litorâneas do Brasil. A moeda local se valorizou nos mercados paralelos no final de 2023, mas o custo de vida no país ainda continua elevado. No Brasil, a queda do real favoreceu os turistas argentinos, que encontram produtos significativamente mais baratos, como roupas, eletrônicos e até itens como caipirinhas, que custam menos do que na Argentina.
As mudanças econômicas na Argentina, após a chegada do presidente Javier Milei, resultaram em um fortalecimento do peso, mas também trouxeram um aumento nos custos internos devido à inflação. Em comparação com os preços de itens populares, como um Big Mac, o custo de vida se tornou muito mais alto para os argentinos, o que leva muitos a viajar em busca de preços mais acessíveis. Produtos como tênis Nike e jeans Levi’s vendidos no Chile estão até 75% mais baratos do que no mercado argentino.
O governo argentino, enquanto busca estabilizar as finanças públicas e reduzir o déficit fiscal, ainda enfrenta dificuldades em lidar com a pressão para a desvalorização da moeda. Apesar das medidas de austeridade e da busca por maior competitividade, o alto custo de produtos internos e os gastos com turismo no exterior são vistos como um desafio para o país. Por outro lado, muitos argentinos seguem preferindo destinos como o Brasil para férias, aproveitando a taxa de câmbio favorável e o custo de vida mais acessível.