A Argentina alcançou um superávit financeiro de 1,8% do PIB em 2024, o primeiro resultado positivo desde 2010 e o melhor em 16 anos. Esse desempenho foi destacado pelo Ministério da Economia argentino como um marco histórico, com o ministro Luis Caputo ressaltando que a conquista ocorreu após o cumprimento das obrigações do Setor Público Nacional. O superávit foi parcialmente impulsionado por medidas de racionalização dos gastos e pela consolidação de empresas públicas, além da dissolução de 19 fundos fiduciários para melhorar a eficiência na utilização de recursos públicos.
Apesar do superávit anual, o mês de dezembro registrou déficits financeiros e primários devido ao aumento sazonal dos gastos públicos. O déficit primário em dezembro foi de 1,3 trilhão de pesos, enquanto o déficit financeiro alcançou 1,56 trilhão de pesos. No entanto, o ministro destacou que o déficit de dezembro de 2024 foi menor do que o registrado no mesmo mês de 2023, representando uma redução de 70% quando ajustado pela inflação.
O Ministério da Economia também indicou que a dívida flutuante se manteve em níveis semelhantes ao final de 2023, com uma redução real de 52%. Além disso, o governo argentino observou que o pagamento líquido de juros da dívida pública foi um fator relevante para o resultado fiscal de dezembro. O superávit financeiro de 2024 foi interpretado como um reflexo da estabilização fiscal e das reformas implementadas durante o ano.